sábado, 9 de maio de 2015

E AÍ...VOCÊ TEM COMPROMISSO COM A EDUCAÇÃO FÍSICA?

Queridos leitores,
Depois de um merecido mês de descanso, retorno com nossas postagens, mantendo o objetivo que deu nascimento a esse blog: contribuir com profissionais e estudantes de Educação Física e com a sociedade em geral, para esclarecimentos e reflexões sobre este nobre campo de conhecimento, que tem tantas possibilidades de atuação.

Estou vivenciando a oportunidade de visitar Cursos Superiores de Educação Física trazendo à baila o tema Ética e Responsabilidade Profissional. Dentre outras, tenho afirmado a necessidade de que a práxis dos profissionais encontre suporte em três grandes eixos norteadores: CAPACIDADE, COMPETÊNCIA E COMPROMISSO.

Aqui, dedicarei breves palavras para tratar do terceiro deles.
Não devemos restringir compromisso à mera capacidade de organização que obriga a qualquer profissional atuar com assiduidade e pontualidade. Vamos muito mais além.

O profissional de Educação Física tem, em primeiro lugar, compromisso com a construção de uma sociedade mais justa, independentemente do local em que atue e quem seja o beneficiário de seus serviços. Ao atuar com seus alunos, clientes, pacientes etc., deve ter sempre a preocupação de multiplicar valores positivos, voltados à edificação da solidariedade, do respeito ao próximo, do amor, da igualdade e da cumplicidade. De nada adianta todo o conhecimento do mundo se este não estiver voltado a fazer o bem.

O profissional de Educação Física deve ter compromisso com o “fazer certo”, que além de se referir ao que é cientificamente correto, atrela-se ao primeiro compromisso citado: fazer o bem. Como nos disse Einstein, pior do que fazer errado é ver o errado sendo feito e nada fazer. Se estiver errado, deve ser corrigido, ainda que isso nos traga alguns conflitos, especialmente quando estivermos lidando com colegas de profissão.

O profissional de Educação Física deve procurar fazer o que for possível. É comum, diante das dificuldades, ouvirmos alguns colegas indagarem: de que adianta eu fazer isso, se ninguém mais faz? Se não for possível fazer tudo, que pelo menos não poupe esforços para fazer tudo que possa. Se fizermos o mínimo, já teremos feito muito mais do que aqueles que nada fizeram.

Vejo muitas vezes colegas reclamando sobre a falta de valorização do professor, as péssimas condições de trabalho, da baixa remuneração, dentre outras. É preciso que tenhamos claro que, o espaço que a Educação Física merece ocupar no cenário social nunca nos será dado. Terá que ser conquistado, com muita luta, estudo, amadurecimento, organização, capacidade, competência e COMPROMISSO. A indignação que não se transforma em ação, será sempre mera indignação.

Agora... se você é daqueles que repete o jargão: “andorinha só não faz verão”; que ao ver posturas inadequadas de colegas, prefere não se indispor; que se esconde atrás das dificuldades para dizer simplesmente que não tem como trabalhar; que passa o tempo todo reclamando do que não tem, mas não move uma palha para mudar a situação, você provavelmente será um profissional medíocre em qualquer área que escolha.

Não venha culpar a Educação Física por isso.

Boa reflexão.
Saudações.