sábado, 11 de março de 2017

EM JULHO DE 2017: MÍNIMO DE 4 ANOS PARA CONCLUIR LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA


Como postei há dois anos, a Resolução CNE n.º 02, de julho de 2015, reformulou as diretrizes para a formação de professores para a Educação Básica.

Além dos cursos de Licenciatura, de graduação plena, teremos agora também, os cursos de segunda licenciatura e os cursos de complementação pedagógica para graduados não licenciados, todos habilitando professores para que atuem nos diferentes componentes curriculares.

Na época, publiquei minha visão sobre essas “novas” modalidades e o quanto, em minha modesta opinião, irão depreciar ainda mais a formação dos profissionais que atuam nas escolas, não só na Educação Física, mas em todas as demais áreas de conhecimento que compõem a matriz curricular.

A quantidade de contatos de administradores, pedagogos, fisioterapeutas e de outros profissionais que recebi, perguntando se o curso de 800 ou 1.000 horas que estavam frequentando lhes permitirá participar de concursos públicos para ministrar aulas de Educação Física na Educação Básica tem sido, no mínimo, preocupante.

Perdemos uma grande oportunidade de, no bojo do debate da alardeada extinção dos bacharelados e da própria Resolução 02/2015, aprofundarmos as discussões sobre a nossa formação profissional.

Disse e repito, que a quantidade de horas e os anos que serão necessários para a conclusão dos cursos, sejam de Licenciatura, de Bacharelado ou de Graduação Plena (esse é por minha conta), não tem a menor importância se não vier coligada à discussão fulcral: que profissional de Educação Física, face as competências e habilidades necessárias ao enfrentamento das demandas sociais em seu campo de atuação, as IES, sejam públicas ou privadas, pretendem e precisam formar?

Até julho de 2017, as Instituições de Ensino Superior que ofertem cursos de Licenciatura em Educação Física deverão reformular seus projetos pedagógicos para ampliar de 3 para 4 anos o mínimo de tempo de integralização e de 2.800 para 3.200 horas mínimas a serem cursadas.

Acredito que internamente, todas as IES fizeram essa reestruturação de forma a garantir uma oferta com qualidade.

Uma pena que a discussão não tenha ocorrido de forma mais ampla, para que profissionais que já atuam no mercado e o intercâmbio entre as instituições possibilitassem uma troca de experiências que culminasse, coletivamente, com a proposta de uma formação que dê conta da inserção, no mercado de trabalho, de um profissional de Educação Física capaz de demonstrar o quanto é importante para a sociedade, seja qual for a sua área de atuação.

Saudações.