domingo, 11 de março de 2018

EDUCAÇÃO FÍSICA: QUE CAMINHO SEGUIR?



Há 1 ano, assumi a responsabilidade de coordenar o Curso de Educação Física das Faculdades São José, situada no bairro de Realengo, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Mais uma vez abracei, junto com outros colegas, o compromisso de contribuir para a formação de novos quadros, buscando apresentar aos futuros profissionais o mundo do conhecimento científico que alicerça a Educação Física, e também todo o rol de princípios e diretrizes relacionados ao papel social, político e à conduta ética que devem perpassar a vida de qualquer profissional.

Não raro, me deparo com estudantes que se encontram perdidos, face as inúmeras possibilidades de atuação, não só no que se refere às duas habilitações, licenciatura e bacharelado, mas também dentro da gama que cada uma, com suas naturezas específicas, pode oferecer.

Não esqueçamos que a formação do graduado tem natureza generalista e que devemos evitar a especialização neste momento da formação, mas creio ser importante orientar o graduando no sentido de que busque identificar suas áreas de aderência, até para que possa começar a construir sua futura carreira.

O projeto pedagógico do curso pode favorecer nesse sentido, além da convergência de posturas dos membros do corpo docente, mas o próprio estudante pode trilhar esse caminho.

Para isso, algumas dicas:

Comece desde o primeiro período a buscar observar a atuação de profissionais de Educação Física em seus locais de trabalho, independente se o curso é de licenciatura ou bacharelado. Ao invés de “gastar” suas 200 horas de atividades complementares com idas a museus, cinemas, teatros, jogos esportivos etc, faça visitas a escolas, academias, clubes, hospitais, ou seja, locais onde estejam ocorrendo atividades inerentes à profissão, obviamente conduzidas por profissionais habilitados.

Realize atividades de estágio supervisionado não-obrigatório, procurando diversificar ao máximo os campos de atuação. Essas vivências, embora não contemplem a carga horária de estágio prevista para a conclusão de seu curso, irão permitir que você “sinta” onde quer pisar e onde é mais provável que se realize profissionalmente.

O mesmo para o estágio supervisionado obrigatório, embora este esteja restrito à habilitação de seu curso. Algumas instituições exigem que esta etapa da formação seja cumprida em diferentes situações laborais, mas se não for o caso da sua, você mesmo pode diversificar os campos de estágio.

Identifique no seu corpo docente aqueles professores que atuam em áreas que parecem ser as de sua preferência. Converse com eles, busque informações sobre as dificuldades e oportunidades, os caminhos a serem percorridos e os investimentos e retornos para atuar em áreas afins. “cole com eles”.

Se sua instituição oferece programas de monitoria, concorra para vagas em áreas de seu interesse e aproveite a oportunidade para aprofundar estudos e vivências. Não se limite a ser monitor de disciplina somente pela bolsa de estudos que em geral os programas oferecem.

Se envolva com os projetos de extensão de seu curso. Como quase sempre esses projetos estão voltados para o atendimento às comunidades do entorno, além de ser uma oportunidade de diversificar a sua formação/atuação, ainda é uma boa forma de exercitar nosso papel como cidadão solidário.

Bom... essas são apenas dicas básicas para que você possa chegar ao final de seu curso de graduação com algum caminho ao menos apontado para seguir. A partir daí, será importante vivenciar o mundo do trabalho e buscar a formação continuada, agora sim, traçando um rumo mais especializado.

Lembre-se: qualquer instituição que contrata um profissional o contrata para atuar em uma determinada área. Se desde o início você for construindo seu currículo com a possibilidade de ser identificado como alguém que tem aderência a determinado campo de atuação, maiores serão suas chances em um processo seletivo de contratação.

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Um grande abraço.