sexta-feira, 25 de março de 2016

BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA À DISTÂNCIA. ISSO PODE?

Assunto que tem movimentado algumas rodas de discussões acadêmicas se refere a autorização e reconhecimento, por parte do Ministério da Educação, dos cursos de Ensino à Distância (EAD) em Educação Física.

Por se tratar de uma política de expansão do atual governo, no caso das licenciaturas não há o que se discutir, uma vez que a multiplicação do EAD no campo da formação de professores para a Educação Básica é vista como uma das principais estratégicas para aumentar o número de docentes com formação em nível superior.

Agora... e no caso dos bacharelados?

 

Não vou discutir, nesta postagem, as questões de cunho acadêmico que dizem respeito à compatibilidade da formação em Educação Física com o modelo de cursos à distância. No entanto, não posso deixar de manifestar minha profunda discordância com o fenômeno, uma vez que a natureza de nossa formação exige, em quase todos os momentos, a realização de atividades presenciais, lembrando que somos uma área de conhecimento da Saúde e lidamos diretamente com pessoas. Mas, enfim...

A pergunta que requer resposta imediata, uma vez que já existem egressos destes cursos por todo o Brasil é: os CREFs podem se negar a emitir as cédulas de identidade profissional para os egressos dos cursos EAD?

Basta a simples leitura do inciso I, do art. 2º da Lei 9.696/98 para respondermos esta pergunta. Vejamos:
Art. 2o Apenas serão inscritos nos quadros dos Conselhos Regionais de Educação Física os seguintes profissionais:
I - os possuidores de diploma obtido em curso de Educação Física, oficialmente autorizado ou reconhecido;

Alguma dúvida?

 

Desde que o curso seja reconhecido pelo MEC, os CREFs terão que registrar seus egressos, uma vez que a lei que regulamenta a profissão não faz qualquer distinção entre cursos presenciais ou à distância.

Mais uma vez ficamos inertes diante de decisões e políticas que não consideram as singularidades e na maioria das vezes, tomadas por pessoas que não conhecem a matéria.

O velho brocardo jurídico: dormientibus non succurrit jus (O Direito não socorre aos que dormem), deveria ser assimilado por nós. 

Vimos as licenciaturas serem reduzidas de 4 para três anos, vimos as aulas de Educação Física nos anos iniciais serem delegadas à "tia", vimos a ressuscitação dos cursos de licenciatura curta, vimos o reconhecimento dos bacharelados à distância e, se continuarmos inertes, vamos ver a extinção dos bacharelados.

Já tá mais do que na hora!!!!!!!!!!!

Saudações.

41 comentários:

  1. BOA NOITE PROFESSOR, CONCORDO PLENAMENTE COM O SEU POSICIONAMENTO EM RELAÇÃO AO BACHARELADO E ACREDITO QUE A LICENCIATURA DEVE TAMBÉM SER REPENSADA NO ÂMBITO DA EAD, VISTO QUE A PARTE PRÁTICA DA MESMA É FUNDAMENTAL PARA A NOSSA FORMAÇÃO.
    VOU AINDA ALÉM, SE NÃO FOR AINDA MAIS IMPORTANTE QUE UM PROFESSOR LICENCIADO TENHA A VIVÊNCIA PRÁTICA DA SALA DE AULA, PORQUE NÓS SABEMOS O QUÃO DIFÍCIL É (INICIALMENTE PELO MENOS) ENCARAR NOSSA SALA DE AULA 100% PRÁTICA.

    ResponderExcluir
  2. Oi Daniela, que prazer tê-la por aqui.
    Muito obrigado por seu comentário.

    É verdade! As vivências práticas são imprescindíveis para a formação do profissional de Educação Física, seja qual for o seu campo de intervenção.

    Infelizmente, mais uma vez, ficamos assistindo a "banda passar". Agora será muito difícil reverter isso, mesmo porque, os concluintes destes cursos não podem ser prejudicados.

    Abraços e apareça mais vezes.

    ResponderExcluir
  3. Captei vossa menssagem... Inebriado guru...brincadeiras a parte, vou tentar ser bem direto, a inconfidencia mineira nos revelou Tiradentes, a revolução Cubana entre outras nos deu Che Guevara, o impeachment de Collor partiu de uma ação d OAB. Observamos que toda viagem histórica teve início em um porto, sabemos que nenhum navio anda sozinho, temos que ter uma tripulação mas tbm não se navega sem um capitão. Entendo todo o contesto mas não tenho o status necessário para um capitão, vejo que necessitamos de um lider quenos represente em todas as batalhas, e que seja ouvido pela categoria e entre outras lideranças, a partir de um seja ele o motivador das discussão que nos levam as mudanças, claro que a tripulação pracisa estar a apostos. Entendo q não podemos cobrar isso do CREF, pois o órgão tem sua finalidade própria, mas como lugar de encontro dos profissionais poderia ser o nosso porto, talvez pudesse ser abraçado pela APEF, enfim como o mestre nos ensina, já passou da hora, estamos dormindo em cima do nosso direito, sei o que tem que ser feito, mas como fazê-lo é o nó da questão.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Querido amigo Flavio Bottino,

      Debater com você é um prazer e um privilégio, pois sempre aprendo um pouco mais. Neste sentido, agradeço por mais esse seu comentário.

      Fatiando sua postagem, penso que podemos e devemos cobrar do sistema CONFEF/CREFs sim, posturas e posicionamentos quanto à estes temas. A finalidade de todo Conselho Profissional é garantir que a sociedade seja atendida de forma técnica e ética, em suas áreas de competência.

      Embora não seja uma atribuição das autarquias corporativas interferirem diretamente na formação profissional, sempre que a qualidade dos serviços prestados à sociedade estiver em risco, o Conselho tem o dever/poder de se posicionar. Isto está insculpido na Missão do CREF1;

      "Defender a sociedade, zelando pela qualidade dos serviços profissionais oferecidos..."

      O que precisamos fazer é somar todos os esforços e unirmos o conjunto de sujeitos que integram a Educação Física - Conselho, IES, APEFs, Sindicatos, sociedades empresárias, profissionais e estudantes - em prol de lutas que tenham convergências. Tivemos um bom exemplo disso na conquista que culminou com a aprovação da Lei 7.195 no Rio de Janeiro.

      As lideranças vão aparecendo durante as lutas. Apesar de sua modesta autoavaliação, você tem se mostrado uma delas.

      Um grande abraço nobre amigo.

      Excluir
  4. Sou de acordo com a volta da Licenciatura Plena de 04 anos (foi a que eu fiz) e posteriormente ou concomitante que se faça cursos de especialização nas áreas afins, foi o que eu fiz nas áreas de Ginástica Artística e Tênis de Mesa com treinamentos nestas áreas. Agora cursos a distância vamos voltar a estaca zero de antes onde pedreiros, advogados e tios davam aulas de Educação Física e posteriormente treinamentos de "alto nível" (SIC) sem sequer frequentar um banco de Universidade ou Faculdade de Educação Física....Um absurdo.......

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi Eriobaldo, tudo bem?
      Muito obrigado por seu comentário.

      Hoje, passados 15 anos da reforma das licenciaturas, também sou de opinião que a restrição do campo de atuação dos egressos trouxe mais problemas do que soluções.

      Saudações.

      Excluir
  5. Muito bacana seu blog professor, lhe conheci no cap UERJ e vejo que o sr é muito atuante em nosso campo de atuação. Realmente precisamos nos mexer mais e também de maiores informações sobre os rumos que nossa área irá tomar no futuro. Concordo quando diz que o curso de Educação Física tem muitas atividades presenciais que seriam perdidas em um curso somente a distancia, tais como: aulas práticas, acompanhamento de anatômico, exemplos de exercícios,etc. O Cref enquanto conselho tem que de fato emitir seu parecer favorável ao aluno que cursou a distancia, pois este está no seu direito, porém cabe realmente muito debate sobre a questão. Continuarei acompanhando o seu blog. Um abraço, Ary Junior

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi Ary, como você está?
      Obrigado pelas palavras e por seu comentário.

      Continue acompanhando o blog. Será uma grande honra. Qualquer coisa, entre em contato.

      E concordamos: certamente haverá uma perda na formação de Educação Física EAD, mas como você bem percebeu, não há nenhuma restrição à atuação dos egressos dos cursos à distância.

      Abraços.

      Excluir
  6. Concordo quando diz que o curso de Educação Física tem muitas atividades práticas indispensáveis a sua formação, tais como: aulas práticas, exercícios, laboratórios científicos, etc.
    Muito bacana seu blog professor, o conheci no Cap UERJ como aluno de graduação de Ed. Física da UERJ, vejo que o sr é muito atuante em nossa área, continuarei acompanhando seu blog. Realmente precisamos estar atentos aos rumos que nossa área está tomando.
    Um abraço,
    Ary Júnior

    ResponderExcluir
  7. Acredito que não pode haver discriminação com os cursos na modalidade EAD, não vejo nada demais em um bacharelado em educação física na modalidade a distancia, acho que o problema é o medo que aconteça a mesma coisa que aconteceu com os profissionais de imprenssa. E outra coisa, se o MEC reconhece não cabe aos conselhos ponderar. A preocupação é válida, no entanto procurar meios e idéias que se adequem as novas realidades é bem mais proveitoso. A modalidade EAD é a educação do futuro e está diretamente associada com as políticas educacionais de países desenvolvidos, é isso que queremos para o Brasil.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi Joildo, como vai?
      Obrigado por seu comentário.

      Com relação a não caber aos Conselhos Profissionais vedar o registro dos egressos de cursos à distância reconhecidos pelo MEC, concordo plenamente em respeito ao princípio da legalidade. A lei que regulamenta nossa profissão não faz distinção entre cursos presenciais e EAD e não cabe ao administrador público restringir onde o legislador não o fez.

      No que se refere a oferta de cursos EAD na área da saúde, aí temos uma divergência meu nobre amigo. Pela singularidade e complexidade de cursos nesta área, que lidarão diretamente como o bem estar integral do beneficiário,penso que cursos à distância não dão conta da gama de conhecimentos e relações necessárias à formação do profissional.

      O próprio Conselho Nacional de Saúde publicou a Resolução 515/2016 com entendimento contrário à autorização de todo e qualquer curso de graduação da área da saúde.

      Vamos aguardar para ver como isso impactará nos cursos EAD de Educação Física atualmente reconhecidos pelo MEC.

      Um grande abraço.

      Excluir
  8. a modalidade EAD pode sim der confiada,devemos dar o direito de quem nao pode ir em uma faculdade presencial, e so dispoe a distancia, em varios paises o curso EAD e muito respeitado mais no brasil ainda e discrimidado como podemos perceber.em fim vamos respeita a decisao do mec

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Como vai?
      Muito obrigado por seu comentário.

      São duas coisas distintas. Quanto à legalidade não se discute, uma vez que cabe aos CREFs o registro de egressos de cursos superiores reconhecidos pelo MEC, sem distinção entre presenciais ou EAD.

      Quanto à natureza do curso, tenho restrições. Penso que cursos da área da saúde, onde o contato com o beneficiário da ação profissional é a essência da relação, não se adequam à modalidade EAD. O próprio Conselho Nacional de Saúde já se manifestou em Resolução sobre essa incongruência.

      Saudações.

      Excluir
  9. Bom dia,

    No que diz respeito à formação de bacharéis também sou contrária, uma vez que a área da saúde é muito específica e necessita não só de aulas práticas mas de laboratórios de anatomia entre outros. Na relação licenciatura, aqui no Rio Grande do Sul existem instituições que realizam as aulas práticas em locais próprios para prática esportiva e com a possibilidade de uma formação que possibilite ao licenciado ministrar sua aula, tendo em vista que o curso é totalmente voltado á formação de professores que tanta falta fazem para nossas escolas.
    O que se vê infelizmente são profissionais tanto com formação presencial quanto a distância desleixados e incapacitados na profissão.

    Obrigada professor e seguirei seu blog!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi Daniela, como vai?
      Muito obrigado pelo seu comentário e pelo prestígio.

      Faço de suas palavras as minhas. Embora seja forçado a reconhecer a legalidade dos cursos de Bacharelado à distância, concordo com você que cursos da área da saúde não deveriam ser ofertados nesta modalidade.

      Concordo também que não é simplesmente o fato de ser presencial que garantirá a qualidade da formação, pois existem muitas variáveis a serem consideradas, especialmente o nível de compromisso do estudante.

      Fraterno abraço.

      Excluir
  10. Não vejo que o curso de Bacharelado ou Licenciatura em Educação Física, na modalidade a distância, traga prejuízos para a formação do futuro profissional da área. As instituições de ensino superior têm se preparado com toda ferramenta necessária para que os cursos sejam melhores ofertados tanto no que se refere a metodologia do ensino quanto à prática exigida para a solidificação e construção do conhecimento do educando. Na realidade, a diferença entre o curso presencial e a distância, a meu ver, está no aluno também. Tanto faz ser um curso presencial ou a distância a autonomia na construção do conhecimento é muito importante. Fiz um curso de graduação presencial durante quatro anos e percebi que grande parte dos alunos não possuíam autonomia (fundamental para qualquer formação): leituras complementares, participação efetiva em aulas práticas, compromisso realmente com os estudos. Portanto, isso acontece tanto em cursos presenciais e a distância. O interesse de cada um, o compromisso, a busca pelo conhecimento é construído em grande parte pelo interesse e autonomia na formação. Infelizmente, há ainda um grande preconceito no Brasil quanto aos cursos não presenciais (a distância), no entanto, o próprio sistema escolar superior não dá conta de oferecer cursos presenciais em todo território brasileiro. Enfim, acredito que o curso de Educação Física na modalidade a distância é possível de ser oferecido com a "mesma qualidade" que um curso presencial, desde que cumpra a carga horária prevista para o estudo teórico e prático. A única coisa que não concordo quanto a modalidade a distância ou presencial é o curso ser oferecido em menos tempo (como segunda licenciatura, em um ano e meio por exemplo), porque nesse caso a qualidade do curso cai em detrimento da carga horária e do tempo de formação para leituras discussões e práticas. É o que penso!!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Bom dia, como vai?
      Muito obrigado por seu comentário e por apresentar opinião tão consistente sobre o tema.

      Concordamos e discordamos em alguns pontos.

      De fato, a depender do perfil do aluno, um curso à distância pode ser tão bom ou melhor que um presencial. Aliás, em alguns casos de autodidatismo identificamos pessoas sem nenhuma formação superior, com mais conhecimento que muitos que concluíram a faculdade. Mas isso são exceções.
      No geral, nós ocidentais não temos a paciência e a disciplina necessárias para nos mantermos motivados, durante períodos longos como 4 anos, vinculados a um curso à distância.
      Além disso, penso que em alguns casos, especialmente para profissões onde o relacionamento humano seja determinante como é o caso da Educação Física, a formação a distância seja um complicador.
      Note, estamos falando de cursos à distância na essência do conceito. Se algumas IES estruturam matrizes curriculares híbridas, mantendo as disciplinas teórico/práticas na modalidade presencial e destinando as eminentemente teóricas para a oferta a distância, já estaremos falando de outro modelo.
      No mais, fique a vontade para expor a sua opinião. Será sempre muito bem-vinda.

      Abraços.

      Excluir
    2. Concordo plenamente com você Roberto, acredito que o vestibular da educação a distância deveria sondar o perfil do aluno.
      No meu caso fiz licenciatura de Pedagogia a distância sem conhecimento pedagógico, porém tenho perfil em EAD, assim que me formei assumi salas de aula de forma tranquila, mais note que me envolvi com todas as disciplinas de forma profunda, procurava informações antes mesmo de questionar os professores e ajuda os colegas em sua dúvida, transformei meu computador e a plataforma em uma sala de aula e aproveitei os estágios como disciplinas práticas, buscando sanar as dúvidas entre a teoria e a prática.
      O brasileiro peca por não gostar de ler e acreditar que uma leitura superficial é o suficiente, isso é um pecado em EAD.

      Excluir
    3. Oi Rita, tudo bem?
      Muito obrigado por seu comentário.

      Pensamos da mesma forma. Em casos como o seu, o curso EAD atende perfeitamente, uma vez que você detém este perfil.

      Um grande abraço.

      Excluir
  11. Este comentário foi removido por um administrador do blog.

    ResponderExcluir
  12. Boa tarde Roberto Corrêa.
    O Curso à distância abre uma oportunidade ao aluno de obter conhecimento teórico. Creio que a necessidade ainda de experiência de dinâmicas de grupo distintos e grupo de estudo nao seria assim tão pragmáticas a ponto de auxilia lo na sua atuação. Tendo em vista que nao sei como seria a questão de estágio prático. O Fazer para aprender e conhecer é muito importante para os alunos. Inviabilizando a graduação desse profissional.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi Andreassa, como vai?
      Obrigado por seu contato.

      Penso que isso irá variar de curso para curso.

      No caso específico dos cursos na área da Saúde, tenho muitas restrições aos cursos de graduação à distância.

      Existem muitas técnicas que dependem do professor, na prática diária com seus estudantes, para que sejam assimiladas. Além disso, como são profissões que lidam diretamente com pessoas, não se adequam à natureza dos cursos EAD.

      Fraterno abraço.

      Excluir
  13. Boa tarde Roberto,
    Me formei em uma faculdade com aulas presenciais,e estou pensando em fazer educação fisica EAD. Estou pesquisando bastantes as IES e estou verificando que a maioria cobram nao sei se por completo as aulas praticas necessarias,como nao tenho tempo para fazer uma outra faculdade presencial e sinto que o que vai me da praze em trabalhar vai ser a educacao fisica.Vou em busca desse sonho ciente do preconceito,entao sinto que vou ter me esforcar em dobro e superar as expectativas.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Boa noite Cristiano, tudo bem?
      Muito obrigado por seu contato.

      Um curso à distância, especialmente aqueles que realizam alguns encontro+s presenciais, pode oferecer uma boa formação, desde que o estudante tenha dedicação, disciplina e ética para cumprir todas as atividades propostas.

      Persiga seu sonho. Tenho certeza que será um profissional de sucesso.

      Um grande abraço.

      Excluir
    2. Obrigada,, acredito sem desmerecer ninguém ou subjugar que o curso realizado distancia não muito conhecido gerando um certo desconforto na maioria com certeza quem aprovou não conhece a matéria mais foi auxiliado por quem sabe do assunto agora o quanto você ira absorver aproveitando a oportunidade vai depender do profissional que varia de pessoa não fazendo diferença no meu ver se é a distancia ou não fazer o que gosta e fazer dar certo dando seu melhor, se aperfeiçoando,atualizando buscando sua competência fazendo a diferença sendo um profissional exemplo isso eu sinto falta agora oportunidade todos tem mais...

      Excluir
  14. acho péssimo o CONFEF/CREF e MEC autorizar cursos EAD, principalmente a Ed. Física, que lida com um tipo de prática que exige contato direto com as pessoas. porém, se é isso que o MEC deseja, então que abram cursos de Medicina e Odontologia via EAD. Ah, esses dois últimos não conseguiram que o MEC entrasse e fizesse a festa? Claro, pois conseguem defender uma parcela significativa de mercado, em especial a Medicina. Acho um desrespeito Ed. Física via EAD. Mas no final, vai ficar o cara que estuda e que busca melhorar a sua prática, coisa que aluno nenhum pilha, muito menos estudar o que realmente produz a seu conhecimento - para além do capital.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi Gabriel, tudo bem?
      Agradeço seu comentário.

      Como deixei claro na postagem, também discordo da oferta de cursos de Educação Física na modalidade EAD.
      E concordo com você: outras áreas conseguem impedir esta oferta em virtude da força que têm.

      Abraços.

      Excluir
  15. Olá pessoal e professor Roberto, gostei dessa postagem e percebi que a discussão é bastante interessante.

    Eu até entendo o motivo das pessoas discordarem de cursos a distância, especificamente o curso de educação física modalidade a distância.

    Muitas vezes, acredito que é o caso de todos que aqui discordam, não ter conhecimento ou vivência com educação a distância, principalmente com a educação física nesta modalidade e em instituição de qualidade.

    Sou professor do curso de educação física presencial e a distância na UnB desde 2008 e o que tenho percebido até 2015 (período que o governo cortou verba destinada a cursos a distância oferecido pelo MEC no Brasil) que a qualidade do curso é bem similar a do curso presencial, principalmente o desempenho e autonomia dos alunos.

    Tenho alunos do curso de educação física a distância na UnB que fizeram especialização, mestrado, está ingressando no doutorado e "hoje" é professor no curso presencial de educação física da UnB, além de ter atuado em academia de ginástica, escola e programa de esportes do governo federal. Além desse aluno, tenho outros que já estão no doutorado e dezenas deles concursados em todo o Brasil, tanto em escolas quanto em Universidades.

    Eu participo todos os anos de dois eventos científicos internacionais na Europa: Edulearn e Iceri, além de outros que oscilam de países no mundo, onde a temática é educação a distância e novas tecnologias, e o que mais vemos nestes congressos são apresentações e experiências na área da saúde sendo realizada a distância (formação acadêmica, cirurgias, exames, etc) como já vem acontecendo no Brasil há um bom tempo (telemedicina).

    Na Educação Física atuo no Bacharelado e Licenciatura e na Ciências da Saúde trabalho com TODOS os cursos da da UnB, por ser uma disciplina Multidisciplinar.

    Temos algumas experiências e produções cientificas na formação continuada de profissionais de várias áreas do conhecimento na modalidade a distância.

    Na Fiocruz, sou avaliador de cursos a distância (UNASUS: cursos destinados a profissionais de saúde de todo o Brasil, princialmente que moram em lugares pouco habitados ou de difícil acesso, além de profissionais das capitais).

    O curso de educação física a distância da UnB além de possuir encontros presenciais (média 3 por bimestre nos finais de semana) tem uma carga horária de estágio obrigatório presencial de 420 horas e 450 horas de prática curricular, além de disciplinas de 60 horas, com 3 encontros presencias OBRIGATÓRIOS cada uma.

    Então eu não posso dizer que as outras faculdade de educação física a distância possuam no mínimo essa carga horária e empenho dos professores tutores (todos atuantes na educação básica e academia de ginástica com pós graduação nível lato ou strito senso).

    Acredito muito na qualidade dos cursos a distância, porque sou professor presencial e a distância e pesquisador da área de EAD (apenas umas das minhas 3 áreas de expertise e pesquisas) e vejo que os alunos do curso em pauta muitas vezes dão de 10 a 0 em alunos do ensino presencial (muitos sequer não leem nenhum livro durante toda a graduação e no curso a distância ou o cara ler ou ele desiste do curso porque ele é o protagonista do processo ensino aprendizagem).

    O curso a distância precisa ter pelo menos um profissional gestor que tenha larga experiência na área para fazer o negócio acontecer, estudar a distância te dá inúmeras possibilidades de aumentar e melhorar sua formação.

    Mas educação a distância não é mil maravilhas, tem inúmeros problemas, quando a instituição não capacita os profissionais para trabalhar é uma "lástima", enfim, tudo pode acontecer, igual acontece na modalidade presencial, onde tem professor que não sabe nem o que está falando e o aluno fingindo que está aprendendo, rsrs.

    Um grande abraço a esse grupo de discussão.

    Atenciosamente

    Profº André

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Boa noite Prof. André, como vai?
      Muito obrigado por seu contato e, principalmente, por trazer sua valiosa experiência para o nosso debate.

      Certamente contribuirá para elucidar muitas dúvidas dos leitores, pelo que lhe agradeço imensamente.

      Particularmente, sou contrário a qualquer curso da área da Saúde sendo oferecido na modalidade à distância, especialmente porque acredito que o contato direto e constante (e não somente através de alguns encontros) entre os estudantes faz parte do processo de formação de profissionais que irão trabalhar com gente.

      E aí, lendo atentamente seu comentário, me veio uma dúvida: a UNB oferece somente a licenciatura à distância, estou correto? O bacharelado só é oferecido presencialmente, certo?

      Se minha informação estiver correta, a prosa muda de rumo, pois não estaríamos falando de um curso da área da Saúde.

      Um grande abraço.

      Excluir
  16. Pior do que termos profissionais formados em uma faculdade à distância, é termos pessoas atuando na área sem nenhuma formação, como acontece em muitas academias. Fui aluna de um curso 100% presencial e não foi tão produtivo quanto o ead bacharel em educação física. Temos aulas práticas e de laboratório sim. A diferença é que não temos professores dando tudo mastigado como nas presenciais. E mais quem faz um bom profissional não é a faculdade, e sim o interesse do próprio aluno. Entendo a revolta de quem fez uma faculdade presencial, também a fiz. Mas, isso é uma tendência que veio pra ficar, mesmo sendo área da saúde. Até cirurgias são feitas a distância. E vocês criticando o ensino. Digo à vocês que busco o conhecimento independentemente de ser à distância ou não. E terá maus profissionais, assim como temos em várias áreas, profissionais que se formaram em faculdades presenciais.

    ResponderExcluir
  17. Pior do que termos profissionais formados em uma faculdade à distância, é termos pessoas atuando na área sem nenhuma formação, como acontece em muitas academias. Fui aluna de um curso 100% presencial e não foi tão produtivo quanto o ead bacharel em educação física. Temos aulas práticas e de laboratório sim. A diferença é que não temos professores dando tudo mastigado como nas presenciais. E mais quem faz um bom profissional não é a faculdade, e sim o interesse do próprio aluno. Entendo a revolta de quem fez uma faculdade presencial, também a fiz. Mas, isso é uma tendência que veio pra ficar, mesmo sendo área da saúde. Até cirurgias são feitas a distância. E vocês criticando o ensino. Digo à vocês que busco o conhecimento independentemente de ser à distância ou não. E terá maus profissionais, assim como temos em várias áreas, profissionais que se formaram em faculdades presenciais.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi Andreia, como vai?

      Muito obrigado por seu comentário. O debate é bom, principalmente quando existem posições e experiências diferentes a serem discutidas. Muito obrigado por compartilhar as suas conosco.

      Não se trata de "revolta", mas sim de uma compreensão diferente. Toda regulamentação deve ser genérica. Não pode considerar os casos isolados e aí nobre amiga, minha experiência com mais de 20 anos atuando na formação profissional me permite afirmar que você é uma exceção.

      Sua disciplina e dedicação nem sempre são exemplos, nem de estudantes de cursos presenciais nem de EAD, e isso não é privilégio da Educação Física. Acontece o mesmo em outros cursos.

      No caso da área da Saúde, sinceramente acredito que o contato entre alunos e professores e entre os próprios graduando, favorece muito a construção do conhecimento e a formação, lembrando que iremos trabalhar "cuidando" das pessoas.

      Somando-se a isso, a nova tendência é de que os cursos EAD se tornem "integralmente" à distância, pois nem o núcleos serão mais avaliados e inspecionados pelo MEC. Já viu onde isso vai parar?

      Não concordo, humildemente, que quem faça um bom profissional seja "somente" o interesse do próprio aluno. Existem muitas outras variáveis nesta equação: projeto pedagógico do curso, infraestrutura da IES e corpo docente. Tudo bem...um aluno superinteressado, ponto fora da curva, pode minimizar os efeitos da falta destas variáveis com sua dedicação. Porém, novamente estaremos diante de uma exceção.

      Nunca estou fechado a novas possibilidades. Alguns comentários em favor do EAD mesmo na área da saúde têm me colocado muito para refletir e rever minhas posições. Até o momento, ainda acredito que no caso específico, deveríamos dar preferencia à formação presencial, mas o fórum está aberto, dentre outras coisas, para contribuir com a minha constante formação. E neste caso, usando a mídia, não deixa de ser uma formação continuada à distância.

      Um grande abraço.

      Excluir
  18. Olá.
    Apésar desta postagem já ter sido feita há algum tempo essa discussão ainda existe. E creio que ainda existirá por algum tempo mais.
    Educação a distância é uma tendência, não podemos negar.
    Para mim o ponto central da discussão deveria ser como estão fazendo EAD.
    É de suma importância a existência de polos de apoio para os estudantes. Porém, o que mais se ver são polos sem estrutura, tanto física quanto de recursos materiais.
    Outra coisa que muito me preocupa é a forma como são, muitas vezes, elaborados as apresentações dos conteúdos. Para mim é inaceitável que gravem aulas e lancem nos sistemas. É necessário fazer aulas para a modalidade EAD. Coisa que algumas instituições não sabem fazer.
    É preciso pensar não apenas no conteúdo, Mas também em como esse conteúdo será transmitido.
    Não se pode em um curso EAD se transmitir conhecimento da mesma forma que isso acontece em uma aula presencial. Para cada modalidade de ensino temos de elaborar estratégias de ensino adequadas a cada uma delas.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi Mirian, tudo bem?
      Muito obrigado por seu comentário.

      Embora tenha algumas restrições a modalidade EAD para cursos da área da Saúde, concordo que esta seja uma tendência e com todas as suas ponderações no que diz respeito à estruturação do curso, que não pode ser a reprodução em vídeo das aulas presenciais. Tem que ser construído com a lógica do ensino à distância.

      Acontece Mirian, que com a nova legislação, os polos não serão mais, sequer visitados pelas comissões do MEC. Basta comprovar a existência de tecnologia na sede.

      Abraços.

      Excluir
  19. Ola... Bom ver um debate amigável assim. Me formei na UEMG Educação Física em licenciatura (presencial). Comecei a dar aulas logo no terceiro período, tive participação em feiras, eventos, estagio, horas complementares (como apitar jogos, eventos esportivos...) Mesmo com esses benefícios a faculdade infelizmente não nos deixa preparado. Com o conhecimento teórico aprendemos na pratica, aluno x professor. Cada escola, cada turma, cada cidade, tem uma cultura diferente, basta o profissional adaptar com sua realidade. Então... sempre tive um certo 'preconceito' aos cursos EAD, principalmente os de Saúde. Em fim, so com as aulas não conseguiria me sustentar, ou seja, precisaria ampliar minha área de trabalho. Pessoas me chamando para trabalhar em academias, aulas de natação, mas que infelizmente não poderia. Sei que as aulas presencias são importantes, mais depois de pesquisar sobre o curso EAD vi dialética , alguns Crefs aceitam outros não. Hoje preciso urgente do bacharelado sei que tenho experiencia de um curso presencial, então tive que optar pelo curso de Educação Fis. Bacharelado EAD. A faculdade nos ensina, mais quem faz o aluno ser um bom profissional é ele mesmo.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi Sérgio, tudo bem?
      Muito obrigado por seu relato.

      Como disse acima, a EAD é uma tendência e será muito difícil impedir seu avanço. Podemos até colocar algumas amarras, mas é improvável que elas resistam por muito tempo.

      Talvez seja, como você mesmo coloca, um preconceito, mas não vejo como formações voltadas para profissões que têm como cerne o cuidado com as pessoas, possam ser desenvolvidas integralmente à distância.

      Hoje, a própria legislação já garante a possibilidade de um mínimo de 20% das cargas horárias dos cursos presenciais serem ofertadas à distância. Esse percentual pode ser ampliado, de acordo com a natureza do curso, mas 100% não vejo de forma positiva.

      Abraços.

      Excluir
  20. Roberto Corrêa, grato pelo seu artigo, o qual muito nos esclarece. Tenho muito interesse em fazer um curso de EF à distância, mas gostaria muito que fifos semi presencial, do tipo que seja necessário comparecer na Instituição uma ou duas vezes por semana, não apenas para atividades praticas, mas também para um contato direto com os professores e com os colegas da turma, o que vejo como fundamental. Muitas dúvidas, muitas questões e discussões saudáveis que enriquecem muito o aprendizado surgem justamente a partir deste contato mais próximo. No entanto, sou simpático à ideia é possibilidade de que disciplinas de natureza mais teórica sejam, em sua maior parte, acompanhadas de modo online. Já possuo duas outras graduações, em Psicologia e em Filosofia, ambas bacharelado com licenciatura e, durante muitos anos lecionei. Concordo, sim, sobre a critica de um bacharelado ligado à saúde no formato EaD. Lembro-me quando à época na Universidade, no curso de Psicologia, ainda nosnanos 90, sobre comentários de que havia a possibilidade da criação do curso de psicologia no molde EaD. Considerei um extremo absurdo e, na verdade, profundo desrespeito para com aquele que também, mesmo em suas enormes dificuldades cotidianas, deslocava-se diariamente à Universidade para se dedicar aos estudos. Como disse acima, muito do aprendizado acontecia nas discussões, em debates, em trabalhos elaborados em grupo durante a aula, muito surgia a partir ate mesmo de pontos que fugiam do próprio planejamento da aula que o professor havia preparado para aquele dia. Enfim, por outro lado, também concordo que hoje os tempos são outros e que é necessário que a sociedade e as Instituições de Ensino se adequem às novas alternativas e possibilidades de ensino e de aprendizado. Porém, no interesse ou intenção de se criar novos cursos bem como formar novos profissionais ao mercado de trabalho, não se pide, de forma alguma, sacrificar o ensino e a formação do cidadão, não para o mercado, mas para a vida. Uma Instituição Superior não deve ter como meta somente formar uma pessoa para frentes de trabalho, mas sobretudo insistir em enraizar no aluno a possibilidade de maior senso crítico e o próprio exercício da ética e cidadania. Ainda estou à procura de uma Instituição Superior, pesquisando aqui em SP que possibilite o curso de EF no formato semipresencial. A disseminação destas Instituições, se por um lado facilita-nos está busca, por um outro lado, levá-nos a pensar que muito poucas possuem qualidade e a preocupação em promover um ensino com a seriedade necessária, principalmente quando se refere à área da saúde. Dificuldade também em encontrar Gina Instituição, seja o Confef / Crer e/ou outras Associações de profissionais da EF que possam indicar melhores Instituições que promovam estes cursos com suficiente e real qualidade. Não necessariamente o MEC é o órgão mais sensato a indicar ou recomendar a melhor Instituição, em vista de que ele, como depto do Governo expressamente mostra-se, infelizmente, com a formação de sujeitos profissionais e não com a promoção de cidadãos críticos. Novamente grato pelo seu artigo. Por favor, continue expondo suas ideias e críticas. Abraço Fernando.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Bom dia Fernando, tudo bem?
      Muito obrigado por seu comentário, pelo carinho nas palavras e pelo prestígio.

      Esse é verdadeiramente um grande dilema.
      Não temos como impedir o surgimento de novas estratégias de ensino a partir da evolução da tecnologia, porém, temos que tomar cuidado para que a tecnologia não se transforme em um fim em si mesma.

      Você pontuou algumas questões com maestria: o contato interpessoal que faz nascerem novas ideias, a preocupação com a qualidade do ensino que impeça a transformação do EAD em um simples negócio lucrativo, o critério em identificar que cursos podem ou não ser ministrados na modalidade à distância, dentre outros.

      Não conseguiria dizer de forma mais clara e objetiva.

      Um forte abraço.

      Excluir
  21. Eu tenho curso semi a distância educação física licenciatura agora estou fazendo bacharelado em educação física em universidade normal.Da mesma coisa os professor não tão nem ai pro aluno você não consegui tira duvida além pagar mais caro não aprende nada

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Boa noite,, como vai?
      Muito obrigado por seu comentário.

      De fato, vamos encontrar cursos bons e ruins, presenciais ou à distância.
      Cabe ao estudante fazer a sua parte: cobrar da instituição um ensino com qualidade.

      Abraços.

      Excluir