No dia 17 de março, tive a
oportunidade de participar de uma Audiência Pública da Comissão de Esportes da
Câmara de Deputados, em Brasília.
A referida audiência foi
realizada à requerimento dos Deputados Federais Evandro Roman e Flávia Morais,
para discutir o tema: EDUCAÇÃO FÍSICA NA BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR.
Fui convidado pelo responsável
pela Frente Parlamentar da Educação Física, Prof. Lúcio Rogério e pelo
Presidente do CREF7 (DF) e amigo, Prof. Patrick Aguiar para defender, sob uma
perspectiva técnica, a relevância da Educação Física como componente curricular
obrigatório na Educação Básica, ministrada
por profissionais licenciados na área e é exatamente neste segundo
ponto, que “a porca torce o rabo”.
O Prof. RAPH GOMES ALVES, Diretor
de Currículos e Educação Integral da Secretaria de Educação Básica do
Ministério da Educação, defendeu que a Educação Física já está contemplada na BNCC,
sendo uma área de conhecimento prevista a partir do Ensino Fundamental. Isso
é de fato verdade. O problema é que a política do atual Governo, e diga-se de
passagem, dos anteriores também, é que na Educação Infantil e nos Anos Iniciais
do Ensino Fundamental, a Educação Física seja ministrada por um professor
generalista, sem nenhum conhecimento específico deste componente curricular.
Denunciei na audiência que esta
visão se dá, meramente, por uma questão financeira. Os sistemas de ensino não
querem gastar dinheiro com educação de qualidade. Diante da denúncia ouvi do
representante do MEC um sonoro cri...cri...cri...
Não vou aqui repetir o que disse
na audiência. Posto o vídeo para aqueles que, como eu, se engajam na luta por
uma educação de qualidade, na qual o papel da Educação Física, desde a Educação
Infantil, é de protagonismo.
Além disso, a BNCC para o Ensino
Médio foi disponibilizada e serão realizadas audiências públicas para discutir
o tema.
Como havia alertado por ocasião
da aprovação da Reforma do Ensino Médio, a cortina de fumaça jogada pelo
Governo para fugir da polêmica da exclusão da Educação Física como disciplina
obrigatória, se desvendou com a proposta apresentada: a Educação Física não
estará contemplada em todos os anos do Ensino Médio.
Bom...
Caberá às nossas entidades
representativas (conselhos, sindicatos e associações) e a todos os
profissionais da área, levantarem mais uma vez a bandeira da importância da Educação
Física como componente imprescindível à formação de nossas crianças e jovens. Área
de conhecimento de tamanha complexidade e relevância que somente o especialista será capaz de dar conta desta tarefa.
Eu acredito nisso e dentro de
minhas limitações, agindo neste sentido.
E você?
Saudações.